30 outubro 2012

26 outubro 2012

24 outubro 2012

A paixão de ser médico

Neste outubro, quando se comemora o Dia do Médico (18), volto meus olhos para o futuro. Do passado levo comigo as lições hipocráticas recebidas dos inúmeros mestres que ajudaram a moldar minha trajetória. Não renego os percalços e dificuldades. Aprendi com eles. Afinal, somos todos feitos assim: dessa equação ilógica que soma tempestades às calmarias, multiplica sonhos bons em detrimento dos ruins, eleva à enésima potência nossos projetos concretizados com suor.

A Medicina é uma paixão, é entrega. Surge como vocação orientada pela solidariedade e pelo compromisso com a equidade, a justiça e a ética. Nestes tempos sombrios, de um século que dá seus primeiros passos, cabe aos médicos arrebatados por esse ofício exercê-lo sem se curvar às pressões e à indiferença. O desafio é defender a fé naquilo que nos move: a busca do diagnóstico, a oferta do tratamento e a promessa de consolo a quem está fragilizado pela doença.

Em tempos de crise, devemos ser médicos. Não somos mercadores da saúde, garotos propaganda ou vassalos de quem quer que seja. Somos homens e mulheres preparados para salvar vidas. Não se comportar à altura de tão importante missão significa pactuar com a mediocridade de interesses outros, que se postam quilômetros distante de onde estamos.

Acompanhamos atentamente - e com preocupação - o comportamento errático de setores diretamente ligados ao trabalho médico. O momento é de tensão. Gestores públicos anunciam medidas sem se preocupar com consequências para a qualidade da Medicina praticada no país. Ignoram as necessidades de pacientes e profissionais. O lucro político fala mais alto que a responsabilidade técnica e ética.

Na saúde suplementar, as operadoras de planos de saúde querem ganhar mais e mais, sem cumprir as promessas feitas aos 48 milhões de clientes do sistema suplementar e nem valorizar os quase 200 mil médicos que lhes prestam serviços, sem os quais não existiriam. Eles deturparam seu papel e se transformaram o bem estar em produto à venda. O pior é que nem são comerciantes confiáveis, daqueles a quem estendemos as mãos de olhos fechados. Para eles, a vida é menos importante que percentuais e taxas de risco.

Colegas, neste outubro, vamos mirar no que nos espera. Somos muitos e contamos com o respeito e a credibilidade da sociedade. A população espera reação da categoria diante dessas pressões, pois sabe que nossa luta implica em melhores condições de assistência onde quer que seja. O brasileiro, atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou dono de uma carteirinha de convênio, sabe que o esforço dos médicos para mudar realidade trará, finalmente, o atendimento que espera.

As bandeiras devem ser manter no alto. Nada de esmorecer. Continuaremos a exigir um ensino médico de qualidade, o aumento dos investimentos públicos em saúde, a melhora das condições de trabalho, a criação de uma carreira do médico no SUS, um basta aos abusos praticados por planos de saúde e a valorização da Medicina, como atividade profissional. Uniremos nossas vozes em um grito único, forte, poderoso, capaz de mover montanhas. O futuro nos chama. É para lá que devemos ir. Os médicos - estou convicto disso - estão prontos para mais essa batalha em defesa da Medicina, da sociedade e do paciente.

Roberto Luiz d’Avila
Presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM).

04 outubro 2012

Quando o aluno não tem o perfil

Antonio Carlos Lopes, 64, é diretor da Escola Paulista de Medicina da Unifesp e presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

A prática da medicina está ameaçada no Brasil. Basta abrir as páginas dos jornais para constatar uma verdadeira crise anunciada que inclui notícias como a abertura indiscriminada de escolas médicas, a flexibilização da residência médica e as tentativas de revalidar automaticamente diplomas de médicos formados no exterior sem exigir comprovação de capacidade, apenas para citar alguns exemplos.

O resultado desse cenário é um profissional com formação deficiente para exercer a medicina.

Sempre digo que para ser médico, além da disposição para enfrentar, com trabalho árduo, as dificuldades habituais inerentes à profissão, são necessárias características especiais. É fundamental gostar de gente. O bom médico também deve ser imbuído de firmeza de caráter, senso humanístico, consciência coletiva, amor à vida. Esses atributos não são adquiridos na faculdade. É uma questão de formação pessoal.

Hoje, com a porta dos vestibulares aberta, a seleção coloca para dentro das escolas médicas principalmente os candidatos que têm mais conhecimento teórico, não os que de fato possuem as importantes características citadas acima.

Por isso considero absurda a abertura de grande número de vagas sem critério de avaliação rigoroso. Desse jeito, é grande a probabilidade de entregarmos a prática da medicina a indivíduos com as mais distintas fragilidades.

Atualmente, mesmo em vestibulares bem feitos e nas principais escolas medicas, sempre nos deparamos com alunos que passam pela seleção, mas que não têm perfil adequado para a medicina. O indivíduo se arrasta pelo curso de graduação, mas, quando chega à residência médica e é impelido a tomar decisões e conviver com a morte, não possui estrutura psicológica.

No exercício desta profissão, as decisões que podem ou não salvar vidas são tomadas sem ter quem confira. Quem que não tem vocação acaba abandonando o curso, desenvolvendo depressão ou outros distúrbios psicológicos.

Para evitar tantos problemas advindos da deficiência do vestibular, o ideal seria que os pretendentes à carreira médica fossem avaliados também por um exame psicotécnico. Na medicina, não lidamos com máquinas, mas com seres humanos. Essa prerrogativa é, por si só, um diferencial em relação às outras profissões liberais.

O Brasil não precisa de tantos médicos. Precisa, sim, de bons médicos. E selecionar bem os futuros profissionais da medicina é primordial para mudar a triste realidade da saúde no país.

Paralelamente, é mister continuar lutando pela implantação de uma política de governo sólida que fixe os profissionais em regiões afastadas, com remuneração digna e possibilidade de desenvolvimento contínuo. Aí sim, alcançaremos o que sempre sonhamos.

Fonte: Antonio Carlos Lopes

CA de Medicina promove campanha de arrecadação de lençóis para pacientes do SUS

"Lençol solidário, cubra de esperança os pacientes do SUS-Natal", este é o tema da campanha promovida pelo CA de Medicina da UnP, com o intuito de arrecadar lençóis para pacientes do SUS.

Segundo os organizadores Diego Torquato e Marcos Dantas, da diretoria geral do CA, esta é uma campanha de grande repercussão social e de grande impacto em virtude da situação ao qual se encontra a saúde pública. “Tendo em vista a situação de completo abandono dos pacientes nos hospitais públicos da nossa cidade por parte das atuais gestões municipais e estaduais, surgiu a campanha “Lençol solidário, cubra de esperança os pacientes do SUS-Natal”, explicaram. “Esperamos contar com o apoio para que essa campanha possa permitir um pouco mais de dignidade no atendimento daqueles que precisam”, disseram.

Interessados em doar entrar em contato com os seguintes estudantes:
- César Garcia - 3⁰ período - cesarcgarcia@uol.com.br/ (84) 9602.7807
- Josenilda Vieira - 9⁰ período - josenildav@gmail.com/ (84) 9950.5653
- Laura Rego - 8⁰ período - lauraelizamr@hotmail.com/ (84) 9965.8811
- Mateus Amorim - 3⁰ período - mateus.amorim_@hotmail.com/ (84) 9981.3895
- Maylee Chaves - 5⁰ período - mayleechaves@gmail.com/ (84) 9924.8214
- Rywka Medeiros - 8⁰ período - rywkatmg@hotmail.com/ (84) 8807.4282
- Thaís Collier - 6⁰ período - thaisfcollier@gmail.com/ (84) 9430.0709
- Tiago Diniz - 6⁰ período - tiagobfdiniz@gmail.com/ (84) 9478.8825

Rio Grande do Norte na luta Contra o Câncer de Mama

Um mês inteiro dedicado ao combate ao câncer de mama. Essa é a proposta do Outubro Rosa, um projeto que surgiu há mais de dez anos nos Estados Unidos e ganhou alcance mundial. Pelo quarto ano, o Rio Grande do Norte entra nessa luta para conscientizar e mobilizar a sociedade para o combate à doença. As ações serão realizadas pela Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer em parceria com a Rede Feminina Contra o Câncer e o Grupo Despertar.

Dentro do cronograma serão realizadas palestras e panfletagens durante todo o mês em shoppings, escolas, livrarias e diversas comunidades da capital e cidades vizinhas, como também várias outras mobilizações na intenção de alertar sobre a importância da mamografia periódica para todas as mulheres com mais de 40 anos e do diagnóstico precoce. O exame da mama é o melhor meio para detectar tumores ainda em fase inicial, possibilitando a cura em até 95% dos casos.

A campanha começa oficialmente na segunda-feira, 1, a partir das 9h, com a solenidade de abertura no Centro Avançado de Oncologia (Cecan), que contará com a presença de toda a diretoria da Liga, funcionários e os grupos voluntários.

Grande parte da população feminina ainda não se conscientizou da importância da detecção precoce do Câncer de mama. Por esse motivo, mais de 14 mil brasileiras morreram em 2010 em decorrência da doença. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é responsável por mais de 15% das mortes por câncer no Brasil. Por ano, cerca de 50 mil novos casos desse tipo de câncer são diagnosticados no País. No Rio Grande do Norte, 610 casos foram detectados apenas de janeiro a agosto de 2011, uma média de quase 80 novos casos por mês. Desses, 60% já em estágio avançado, sendo mais de 200 apenas na capital. O índice coloca o RN no quinto lugar entre os estados do Nordeste e 15º em todo o Brasil com maior índice de novos casos.

A mamografia de rotina é o método mais eficaz para o diagnóstico do câncer de mama em estádio inicial, e indicado para mulheres assintomáticas, ou seja, sem anormalidades na estrutura mamária. Ainda de acordo com o INCA, a mamografia periódica permite uma redução de cerca de 30% na mortalidade por câncer de mama em mulheres de 40 a 69 anos.

   

 
Design by Wordpress Theme | Bloggerized by Free Blogger Templates | Macys Printable Coupons