Dados preliminares de uma pesquisa com mais de 2 mil brasileiros indicam que 97% da população confiam na eficácia da vacina contra a influenza A (H1N1) – gripe suína. As informações foram divulgadas pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Pena.
Ele avaliou que o Programa Nacional de Imunização do Brasil é reconhecido inclusive fora do país e conseguiu reduzir a incidência de doenças como o sarampo, a poliomielite e a varíola. Pena lembrou ainda que a linha de produção de vacinas que combatem os vários tipos de influenza é considerada entre as mais seguras em todo o mundo.
“É a primeira vez que a humanidade vacina em larga escala mulheres grávidas. É natural o receio, mas é melhor ter receio da gripe. A mulher grávida tem uma imunidade debilitada naturalmente por causa da gravidez”, disse, ao comentar o baixo nível de adesão de gestantes à campanha de imunização contra a gripe suína.
De acordo com a secretaria, somente a metade das grávidas em todo o país foi vacinada. O próprio ministro da Saúde, José Gomes Temporão, expressou preocupação em relação à situação, já que 32% das 50 mortes provocadas pela doença este ano foram de gestantes.
O índice de imunização entre jovens de 20 a 29 anos também ficou em torno de 30%. O grupo tem até o próximo dia 23 para procurar os postos de saúde. Para afastar o medo de quem ainda não recebeu a dose, Pena ressaltou que a estratégia de imunização brasileira foi referendada por 18 especialidades médicas.
Apesar de apenas 8% dos doentes crônicos terem sido vacinados, a taxa não preocupa, segundo Pena, porque a maioria deles possui mais de 60 anos – grupo que recebe a vacina apenas a partir do dia 24 de abril, quando começa também a imunização contra a influenza sazonal ou gripe comum.
“Nenhuma vacina é usada para a população como um todo, sempre se escolhe o grupo mais vulnerável. Quando eu vacino 11 milhões de pessoas simultaneamente [total de pessoas estimadas para serem imunizadas contra a gripe suína], derrubo em um patamar muito baixo a circulação do vírus, concluiu.
Fonte: Agência Brasil
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