Postos de todo o país deverão abrir, em horários definidos por estados e municípios. Devem se vacinar doentes crônicos com menos de 60 anos, grávidas, crianças de seis meses a menores de dois anos e adultos de 20 a 29 anos
O Ministério da Saúde, em parceria com Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, promove neste sábado, 10 de abril, o “Dia Nacional de Vacinação contra a Gripe H1N1”. Todos os 36 mil postos de vacinação do país deverão estar abertos, em horários a serem informados pelos estados e municípios, que também vão definir a necessidade de postos volantes para aplicação das doses. Devem ser vacinados doentes crônicos com menos de 60 anos, grávidas em qualquer período de gestação, crianças de seis meses a menores de dois anos e adultos de 20 a 29 anos.
O objetivo do “Dia D” é reforçar a importância da vacinação para os grupos prioritários e dar uma nova oportunidade às pessoas que ainda não se imunizaram. “É uma iniciativa importante, pois as pessoas costumam ter mais tempo livre no fim de semana. Estamos seguros de que todos os brasileiros, mesmo os que não vão tomar a vacina, estarão empenhados nesse grande esforço para proteger a saúde das pessoas mais vulneráveis à nova gripe”, diz o ministro José Gomes Temporão. Nesta sexta-feira (9 de abril), o ministro dará entrevista coletiva para apresentar um balanço parcial da vacinação e novos números da gripe H1N1 em todo o país. Será às 14h30, no auditório Emílio Ribas, na sede do Ministério, em Brasília.
PRORROGAÇÃO – A vacinação de grávidas, crianças e doentes crônicos, que tinha previsão para terminar dia 22 de março, foi prorrogada até 23 de abril. O público-alvo, considerando esses três públicos, é de 20,4 milhões de pessoas. Até 23 de abril, todas as grávidas, independentemente do período de gestação, que ainda não se vacinaram, devem tomar a vacina. As mulheres que engravidarem após o fim da terceira etapa poderão se imunizar nas fases seguintes. Não é necessário apresentar atestado médico para comprovar a gravidez.
Na vacinação das crianças, pais e responsáveis devem levar aos locais de imunização apenas os bebês de seis meses a menores de dois anos. É muito importante levar o cartão de vacinação das crianças. Elas receberão uma dose dividida em duas vezes. A segunda meia dose será administrada 30 dias após a primeira. Se a criança completar seis meses depois de 23 de abril, também poderá ser vacinada nas etapas seguintes.
Em relação aos doentes crônicos, devem procurar os postos de vacinação pessoas com menos de 60 anos que têm problemas crônicos de coração, pulmão, rins, fígado, diabéticos, pacientes em tratamento para aids e câncer ou os chamados grandes obesos. Aqueles que serão vacinados devem levar aos postos um documento de identidade com foto e a carteira de vacinação do adulto, se possuírem. Também não é preciso levar atestado médico comprovando a doença crônica.
“DIA D” DOS IDOSOS – Os idosos com doenças crônicas devem aguardar, pois terão um “Dia D” exclusivo para eles. Será em 24 de abril, quando começa a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso contra a gripe comum, que vai até 7 de maio. Nesse período, todas as pessoas com mais de 60 anos serão imunizadas contra a gripe comum, como acontece todos os anos. Se tiverem doenças crônicas, serão vacinadas também contra a gripe pandêmica. Assim, o idoso só precisará ir ao local de vacinação uma única vez.
PÚBLICO ADULTO – A meta do Ministério da Saúde é imunizar pelo menos 80% do público-alvo de 20 a 29 anos, formado por 35,1 milhões de pessoas. Essa faixa etária foi a que teve o maior número proporcional de casos de doença respiratória grave causada pelo novo vírus no ano passado: 23% do total de 461000 casos, em todo o país. O grupo também concentrou 20% das mortes ocorridas em 2009 (ao todo, foram 2.051).
A quinta e última etapa de vacinação, para adultos de 30 a 39 anos, será de 10 a 21 de maio. Esta faixa etária concentrou 15% dos casos de doença respiratória grave e 22% dos óbitos causados pelo vírus H1N1 em 2009.
ETAPAS DE VACINAÇÃO – A estratégia de vacinação contra a influenza pandêmica foi dividida em cinco etapas, para públicos específicos. Os grupos prioritários são aqueles que têm o maior risco de desenvolver formas graves da doença e de morrer. Eles foram definidos pelo Ministério da Saúde em consenso com sociedades científicas, entidades de classe e representantes de estados e municípios.
Os critérios para definição dos grupos prioritários levaram em conta as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados epidemiológicos observados na primeira onda da pandemia no Brasil e a experiência dos países do Hemisfério Norte.
A OMS recomendou a imunização de quatro grupos: trabalhadores de serviços de saúde, indígenas, gestantes e pessoas com doenças crônicas. O governo brasileiro ampliou a vacinação para outros três grupos: crianças de seis meses a menos de dois anos e adultos de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos.
Ao todo o Ministério da Saúde adquiriu 113 milhões de doses para vacinar 91 milhões de pessoas contra gripe pandêmica. A meta é imunizar pelo menos 80% desse público-alvo.
Fonte: Ministério da Saúde
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