O empresário Paulo de Paula tenta reaver na Justiça as ações da Universidade Potiguar (UnP) que havia vendido em 2007 à Laureate, uma rede internacional com mais de 500 mil alunos em 20 países.
"Resolvi entrar na Justiça há quatro meses porque estou decepcionado com a forma como eles conduziram o negócio. A Laureate que mudar o estatuto social da UnP, uma instituição sólida, com 31 anos de existência, e isso eu não posso permitir. Por isso pleiteio a saída deles", falou Paulo de Paula à TN Online na manhã desta quinta-feira (12).
A sociedade entre a UnP e a Laureate foi firmada em 2007. Enquanto a decisão judicial do pedido de Paulo de Paula não sai, ele recuperou em juízo a cogestão da universidade, o que lhe dá o direito de assinar todos os gastos acima de R$ 5 mil.
Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, Paulo de Paula disse que se sentiu traído. "Aos poucos, eles foram tomando conta geral. Descumpriram o acordo de acionistas e endividaram as escolas sem a minha autorização", afirma Paulo de Paula, que ainda tem 40% da universidade que ele fundou em 1979.
Pelo acordo de venda, Paulo será obrigado a deixar o negócio até 2012. Um dos temores do empresário é que o aumento do endividamento reduza o valor das suas ações na hora da saída. "Eles não são operadores de escola, têm uma cultura de multinacional. Só com consultoria gastaram R$ 600 mil, o que não condiz com o fôlego da empresa", disse.
Segundo a ação, o estopim da briga se deu há quatro meses, quando Paulo de Paula foi avisado pelo diretor de recursos humanos da Laureate que um diretor-geral seria contratado, esvaziando teoricamente a função do empresário.
A oferta, segundo o próprio, era tentadora: ele seria o homem da Laureate no País. Diz que ofereceram-lhe um jato para conhecer as faculdades da rede nos Estados Unidos e um jantar no luxuoso restaurante Fasano, em São Paulo, com um banqueiro de investimento que coordenaria uma eventual oferta pública inicial de ações (IPO) da empresa.
O empresário já propôs aos outros sócios brasileiros da Laureate a criação de uma associação de minoritários. Até aqui, Paulo de Paula é o único que apelou à Justiça. Mas isso não significa que os outros estejam totalmente satisfeitos com a sociedade.
Paulo de Paula fez questão de tranquilizar os alunos da UnP. "Essa briga judicial não muda em nada a rotina da universidade. As aulas vão continuar normalmente, assim como os vestibulares", assegurou à TN.
* Com informações do Estado de São Paulo.
0 comentários:
Postar um comentário