08 setembro 2010

Entidades defendem avaliação de alunos e faculdades de Medicina durante o curso

A qualidade do ensino médico no Brasil foi o principal tema da reunião da Comissão de Ensino Médico, realizada na última sexta-feira (03), em Brasília. O objetivo foi definir critérios de avaliação para os alunos, o corpo docente e as instituições de ensino que oferecem o curso de medicina, visando à melhoria na qualidade de ensino. O presidente da FENAM, Cid Carvalhaes, que participou da reunião, defendeu a avaliação de progresso, ou seja, a que pode ser realizada periodicamente ao longo do curso.

"A FENAM tem claro que a avaliação é necessária e bem vinda. O que é preciso definir é como ela deve ser feita. É uma avaliação que tem de ser de natureza científica, acadêmica, ampla e a proposta que mais atrai no momento é a avaliação de progresso, feita periodicamente no curso de medicina"., assinalou Carvalhaes.

O diretor de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Paulo Roberto Wollinger, sugeriu a implementação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), com algumas mudanças, já que o ensino médico tem determinadas peculiaridades.

"A lógica do Sinaes é a avaliação da instituição, do curso e do aluno. Aqui, a discussão vai um pouco além. Queremos avaliar também o rendimento e o desempenho do aluno e as condições da competência do médico. Essa discussão está em total sintonia com o que já fazemos e a proposta aqui colocada é aprimorar um pouco mais o nosso sistema de avaliação de alunos, para aprimorar ainda mais a formação do médico", explicou o representante do Ministério da Educação.

Para dar encaminhamento às propostas discutidas, as entidades médicas vão enviar um documento ao governo para que os critérios de avaliação possam ser definidos e para que, juntos, possam trabalhar pela qualidade na educação médica.

"As entidades médicas vão encaminhar uma proposta ao MEC, no sentido de uma avaliação dos egressos dentro dos parâmetros coerentes, com justificativas educacionais, e não apenas um exame pontual e ao final do curso", ressaltou o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital.

Participaram do encontro ainda o presidente do CFM, Roberto Dávila, Dalvélio de Paiva Madruga e Henrique Batista, também do Conselho, e o presidente da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino (ABRAHUE), Carlos Alberto Justo.



Fonte: FENAM - Federação Nacional dos Médicos
Taciana Giesel, com edição de Denise Teixeira

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