O estudo foi publicado na revista "Archives of Surgery" e encomendado pelo American College of Surgeons. As perguntas foram respondidas por e-mail, de forma anônima.
Os cirurgiões eram indagados sobre se haviam tido pensamentos suicidas no último ano.
Não havia questões sobre tentativas de suicídio mas os autores afirmam que até 50% das pessoas que pensam em se matar acabam tentando.
A pesquisa não perguntou o motivo dos pensamentos, mas sugere que depressão, estresse e erros médicos contribuem. Outros fatores associados são ser solteiro, divorciado e sem filhos.
Os médicos trabalham, em média, 60 horas por semana e 40% relatam estresse extremo com o trabalho ("burnout") e 30% dizem ter sintomas de depressão. A maioria afirma que o trabalho permite pouco tempo para vida pessoal e em família.
Poucos dos que trabalhavam menos de 40 horas semanais tiveram pensamentos suicidas.
As autoras Kelly McCoy e Sally Carty, cirurgiãs da Universidade de Pittsburgh, afirmam que essas questões são ignoradas com frequência.
Os cirurgiões têm expedientes longos e irregulares, num ambiente que valoriza a resiliência e a autonegligência, e tende a interpretar imperfeições como falhas, afirmam as autoras.
Fonte: Revista "Archives of Surgery"
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