28 julho 2010

Médicos residentes aprovam indicativo de greve

A Comissão de Greve da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), reunida no último dia 15 na sede do Conselho Federal de Medicina, aprovou indicativo de greve conforme assembleias realizadas em todo o Brasil, caso o governo federal não atenda às seis reivindicações da categoria.

A entidade comunicará o fato oficialmente aos Ministérios da Saúde e Educação ainda esta semana, dando-lhes um prazo de 15 dias para resposta. “Nossa paciência esgotou, e estamos dispostos a paralisar os atendimentos por tempo indeterminado em todo o país, se o retorno for novamente insatisfatório”, avisa o presidente da ANMR, Nivio Lemos Moreira Junior.

Além do reajuste de 38,7% no valor da bolsa de R$ 1.916,45, a pauta de reivindicações dos médicos residentes exige a garantia de pagamento do auxílio moradia e auxílio alimentação, adicional de insalubridade, data-base anual, a instituição da 13ª bolsa-auxílio e o aumento da licença maternidade de quatro para seis meses.

O Executivo recebeu a ANMR no dia 13 de maio, exatamente um mês depois de a entidade ter promovido uma série de paralisações de 24h em 23 Estados, como parte da Campanha de Mobilização pelo Reajuste da Bolsa (congelada desde novembro de 2006). Na ocasião, representantes do MEC e da Saúde negaram a possibilidade de atender a três pontos da pauta (reajuste, auxílio moradia e 13ª bolsa).

A ANMR luta também pela rápida aprovação de quatro projetos de lei que contemplam as reivindicações do movimento nacional. Três deles foram apensados: o PL 6.146/09 (cujo texto estabelece a gratificação natalina aos médicos residentes), o PL 7.055/10 (que amplia a licença maternidade da médica residente para seis meses), ambos de autoria do deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP), e o PL 7.328/10 (que institui auxílio-moradia e alimentação), de Vilson Covatti (PP/RS). Este último parlamentar também é autor do PL 7.567/10, pelo qual a bolsa auxílio da categoria passa a ser de R$ 2.658,11. O valor foi calculado com base na aplicação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) acumulado desde o último reajuste, além de outras perdas, como uma reposição de 23,7% prometida pelo governo federal para 2007, mas nunca paga.


Fonte: Assessoria ANMR

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