14 julho 2010

UPA ajuda a desafogar o Hospital Deoclécio Marques

A UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) de Parnamirim, localizada no bairro Rosa dos Ventos, tem ajudado a diminuir a demanda no Hospital Deoclécio Marques, destinado a procedimentos de média e alta complexidade. De acordo com a diretora da UPA, Luiza Galvão, a diminuição da demanda acontece porque a nova unidade atende casos que antes iam para o Deoclécio Marques indevidamente.

Desidratações, febre alta, crises hipertensivas, problemas relacionados a diabetes, entre outros. Esses são os casos que fizeram com que 258 crianças e 601 adultos fossem à UPA de Parnamirim. “Antes, essas pessoas seriam atendidas no Deoclécio Marques, o que sufocaria os profissionais de lá. Com a nova unidade, esses pacientes que chegam até o Deoclécio são encaminhados para cá”, diz Luiza. As UPA´s são custeadas pelo Governo Federal, Estadual e Prefeituras. A intenção é justamente desviar atendimentos de urgência de baixa complexidade dos hospitais de grande porte. “Esses hospitais precisam atender somente os casos mais complicados”, explica Luiza.

Um exemplo do funcionamento dessa política é João Batista Moura. O rapaz de 22 anos estava na manhã de ontem na UPA de Parnamirim, levado pela mãe, Clotilde Moura, com dores no corpo e febre. Clotilde procurou primeiramente o Deoclécio Marques, como é comum em Parnamirim, pela “fama” do Hospital. “Aqui a gente sempre ia para o Deoclécio Marques, mas dessa vez eles me disseram lá que aqui atendia. Eu gostei porque o atendimento é rápido e eles são atenciosos”, diz. O diálogo entre o Deoclécio Marques – que conta com avisos na recepção para orientar os pacientes a procurarem a UPA – é um dos pontos destacados por Luiza Galvão. “Ficará melhor quando tivermos aparelho de reanimação, porque poderemos receber pacientes via Samu para estabilização e posterior envio para uma unidade de maior porte”, afirma. A ideia inicial era atender cinco bairros da cidade (Rosa dos Ventos, Santa Tereza, Bela Vista, Jardim América e Passagem de Areia), porém pessoas de outros locais têm procurado o serviço. “Até do Parque Industrial e Emaús já atendemos”, afirma.

Mas nem tudo são flores na UPA de Parnamirim. Além do aparelho de reanimação, a Unidade encontra problemas para fechar a escala de pediatras, um problema comum até mesmo em hospitais particulares do Rio Grande do Norte. “Quando não há pediatra disponível, fechamos a escala com clínicos-gerais. O que não pode é ficar com apenas um médico”, diz a diretora. Na UPA há quatro pediatras disponíveis, mas como as escalas precisam cobrir 24 horas, inclusive em feriados e fins de semana, seria preciso mais oito para garantir profissionais em todos os turnos.


Fonte: Tribuna do Norte

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