02 agosto 2010

Ministério da Saúde cria comissão especial visando à interiorização do médico

O Ministério da Saúde e as entidades médicas trabalharão juntos na elaboração de uma proposta que possibilite a interiorização do médico. Durante a solenidade de abertura do XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), na noite desta sexta-feira (28), o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou a publicação, no Diário Oficial, de uma portaria que institui uma comissão especial que irá discutir estratégias que possibilitem a fixação de médicos em regiões do Brasil onde esses profissionais ainda não atuam. O grupo terá 90 dias para apresentar relatório com soluções. Assista a entrevista concedida à FENAM TV pelo ministro Temporão.

A Comissão é uma resposta do pedido feito pelas entidades médicas nos últimos meses. Segundo Temporão, o grupo poderá também apontar soluções possíveis para a interiorização dos médicos, como por exemplo a criação de uma carreira de Estado. "Queremos garantir a fixação do profissional. O Ministério busca junto às entidades médicas uma parceria no sentido do fortalecimento da qualificação no SUS", disse o ministro.

A carreira nacional irá beneficiar mais de 400 municípios, principalmente do Norte e Nordeste do país. Além dos médicos, a Comissão será formada por entidades da odontologia e de enfermagem, consideradas carreiras básicas pelo Ministério.

Para o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), a carreira de Estado para médicos é considerada fundamental para resolver a falta de assistência em regiões distantes. "Ficamos contentes em ver que o Ministério cumpriu o acordo estabelecido com as entidades. Queremos participar em todas as comissões de formação médica. Podemos colaborar muito", enfatizou.

Formação médica

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, também manifestou preocupação com a abertura indiscriminada das escolas de medicina. Segundo ele, é preciso mais qualidade.

A coordenadora de residência médica do Ministério da Educação (MEC), Jeanne Michel, defendeu a expansão das vagas de residência médica. Segundo ela, o assunto será inserido no Plano Nacional de Educação.

O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), José Luiz Gomes do Amaral, considera inaceitável o baixo número de vagas na residência. "Assistimos estudante passarem seis anos na universidade e não conseguir uma qualificação adequada. Estamos caminhando a passos firmes no sentido de oferecer uma formação completa aos médicos", disse.

Para o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Cid Carvalhaes, o Encontro Nacional das Entidades Médicas permitirá avançar em ações concretas. "Precisamos de não só de ideias, mas ações concretas de avanço", apontou.


Fonte: Assessoria de Comunicação do XII ENEM

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