18 fevereiro 2011

Cirurgia extrema

O que fazer numa situação extrema num ambiente extremo? Certamente, decisões igualmente extremas devem ser tomadas.

Foi o que aconteceu com o médico cirurgião russo Leonid Ivanovich Rogozov, único médico da expedição russa formada por treze pesquisadores, que durou de 1960 a 1962, na Antártica.

Na manhã de 29 de abril de 1961, Rogozov sentia que estava fraco e febril, com algumas dores na região do abdômen. No dia seguinte, ele havia piorado e conseguiu diagnosticar a fonte do seu problema como sendo uma apendicite, uma emergência que requeria intervenção cirúrgica.


Foi então que outros problemas começaram a aparecer. Rogozov era o único médico da equipe, a estação russa mais próxima ficava a mais de 1500km (Antártica, lembram?) e as estações de outros países mais próximas não possuíam aviões e, mesmo que possuíssem, o clima de nevasca não permitia voos.

A única opção era operar a si mesmo. E foi o que ele fez. Com a ajuda de um motorista e um meteorologista, que passavam os instrumentos e seguravam um espelho, o doutor aplicou anestesia local e fez uma incisão entre 10 e 12cm para expor o apêndice. Devido à fraqueza e ao efeito da anestesia, durante a operação, ele desmaiou, mas foi capaz de continuar e concluir o procedimento em pouco menos de duas horas.

A cirurgia foi bem sucedida e após um breve período de recuperação, o médico retomou suas funções normais dentro da expedição.

Uma história realmente fantástica.

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