São Paulo - Desde o início do ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a dar prioridade à análise e ao registro de medicamentos genéricos em detrimento dos de marca. Como consequência, no primeiro trimestre foram aprovados 73% mais genéricos em comparação com o ano passado.
A determinação do presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, já teve impacto: as vendas dos genéricos - que possuem ação idêntica ao remédio original - cresceram 32% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos), foram comercializadas 123,7 milhões de unidades de genéricos nos três primeiros meses do ano.
"O Estado olha para o interesse público, e a entrada dessas drogas no mercado tem um impacto direto na redução de 35% do preço", afirma Barbano. Com o crescimento das vendas, esse tipo de medicamento passou a representar 25% do mercado no País.
Para Odnir Finotti, presidente da Pró-Genéricos, o bom desempenho dos genéricos no mercado reflete o reconhecimento da população às medidas do Ministério da Saúde e da Anvisa. De acordo com Finotti, o fato de o governo federal entregar drogas para hipertensão e diabete nas farmácias populares de graça também ajudou a aumentar as vendas. "Os medicamentos desse programa são genéricos. E têm o impacto do comodismo. As pessoas vão buscar o remédio de graça e acabam comprando outros que precisam."
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