27 maio 2010

MORTALIDADE MATERNA NO RN É TRÊS VEZES MAIOR QUE TAXA TOLERADA PELA OMS

No Rio Grande do Norte a média de mortalidade materna é de 60 óbitos para 100 mil nascidos vivos. A taxa é três vezes maior do que a recomendada pela Organização Mundial da Saúde, que é de 20 para 100 mil nascidos vivos. Esses números poderiam ser reduzidos, já que a morte é evitável em 92% dos casos.

A mortalidade materna é definida como sendo o óbito da mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o parto, independentemente da duração ou da localização da gravidez, devido a qualquer causa relacionada ou agravada pela condição gestacional ou ainda por medidas relativas a esta, porém não devida a causas acidentais.

As principais causas de morte materna são hipertensão, hemorragia, infecção e abortamento. “Essas causas são evitais, desde que seja feito um acompanhamento pré-natal de qualidade e que a gestante tem total assistência durante o parto, mas infelizmente isso não acontece para todas as mulheres”, disse a presidente do Comitê Estadual de Mortalidade Materna, Maria do Carmo Melo.

O problema é que em muitos municípios do Estado a atenção básica, responsáveis pela realização do pré-natal, é precária. Somado a isso tem a falta de conscientização de algumas gestantes, que não vêm importância na realização do exame.

Para tentar sensibilizar os gestores públicos, médicos e diretores de hospitais no tocante a diminuição dessa taxa, será realizado hoje, a partir das 8h, no Hotel Praia Mar, o 4º Fórum Estadual de Mortalidade Materna e Neo Natal.

“Queremos mobilizar a sociedade na intenção de alertar a população para esse grave problema, além de debater e propor ações mais efetivas no combate à mortalidade”, disse Maria do Carmo de Melo.

A mortalidade materna é um desafio a ser vencido, portanto, exige ações governamentais para melhoria da qualidade da assistência prestada às mulheres, bem como, ações intersetoriais sendo fundamental a articulação com os diferentes segmentos da sociedade civil e organizada.

Segundo a médica, duas questões são as responsáveis pela falta de números reais sobre o problema. Uma delas é a sub-informação, resultado do preenchimento incorreto das declarações de óbito, e o sub-registro, que é a omissão do registro do óbito em cartório.

Maternidade
Inaugurada há oito dias, a UTI Materna da maternidade Escola Januário Cicco recebeu apenas 11 pacientes. Sendo que apenas um desses casos, foi considerado como grave. Os outros foram atendimentos como eclampse, i iminência de eclampse.

“A UTI conta com uma equipe 24 horas composta por médico, enfermeira, técnico de enfermagem e fisioterapeuta. Além disso, dispomos de seis leitos”, disse a diretora médica da MEJC, Maria Daguia Garcia.


Fonte: TRIBUNA DO NORTE

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