08 abril 2010

Estudo reforça posição do CFM sobre interiorização da medicina

O 1º secretário do Conselho Federal de Medicina (CFM), Desiré Carlos Callegari, apresentou, nesta quinta-feira (8), aos conselheiros federais, o resultado de um estudo promovido pela entidade que traz dados sobre a concentração de médicos no país. Veja mais aqui.

De acordo com Callegari, o estudo – que aponta que, percentualmente, o número de médicos cresce mais do que a população e que existem alguns locais onde a média de médicos por habitantes é superior a de países que possuem altos índices de desenvolvido humano – é uma ferramenta fundamental para que a entidade possa contrapor os argumentos de que faltam médicos no Brasil. Essa alegação tem sido usada como forma de justificação e defesa da entrada não criteriosa de médicos estrangeiros no país.

De 2000 a 2009, a quantidade de médicos aumentou 27% – de 260.216 para 330.825. No mesmo período, a população brasileira cresceu aproximadamente 12% – de 171.279.882 para 191.480.630, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“A posição do CFM diante das informações reveladas pelo levantamento é de que não há escassez de médicos no país. Há, sim, uma má distribuição dos profissionais pelo território nacional”, diz Callegari. Para contornar essa situação, o CFM defende a adoção de eficazes políticas de interiorização do trabalho médico.

Produtos Controlados – Desiré Carlos Callegari comentou ainda o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os resultados numéricos desse sistema foram apresentados no dia 30 de março e revelaram dados importantes para ajudar no gerenciamento de produtos controlados, monitorando abusos na prescrição e na dispensação (entrega ao consumo).

Algumas distorções chamaram a atenção, como o fato de um especialista em medicina do tráfego ser um dos 10 maiores prescritores de anorexígeno (inibidor de apetite) no país.

A Anvisa irá entregar ao CFM uma lista dos maiores prescritores de anorexígeno de cada estado do país. Essas listas serão enviadas a cada um dos conselhos regionais para as devidas providências. “Além disso, o CFM fará uma campanha educativa aos médicos para que tenham o cuidado de prescrever medicação controlada com anotações no devido prontuário”, afirma Callegari.


Fonte: Portal Médico

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