08 junho 2010

Brasil inaugura oitavo Banco Público de Sangue de Cordão Umbilical

Fortaleza ganha nesta terça-feira (8/6) o primeiro Banco Público de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário da região nordeste. A inauguração contará com as presenças do presidente Luíz Inácio Lula da Silva e do ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Ao chegar ao nordeste, a nova unidade aumenta a diversidade genética dos bancos públicos de sangue de cordão do Brasil, elevando as possibilidades de realização de transplantes.

O banco de Fortaleza será o oitavo da Rede de Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical (Rede Brasil Cord). Até 2011, a meta é aumentar os bancos brasileiros para 13, elevando o número de bolsas de sangue de cordão de pessoas das mais diversas regiões do país.

Por meio de um convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2008, a Fundação do Câncer, que administra os recursos, recebeu R$ 31,5 milhões do Fundo Social para implementar, em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a Rede BrasilCord. Essa iniciativa se soma ao REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) para aumentar a capacidade de atendimento aos pacientes brasileiros com doadores em território nacional.

Com investimento médio de R$ 3,5 milhões, a nova unidade poderá armazenar 3.600 bolsas de sangue de cordão, rico em células-tronco, que podem ser utilizadas em transplantes de medula óssea. "O Banco do HEMOCE vai contar também com laboratório de processamento de células-tronco, representando desenvolvimento científico e tecnológico, além de possibilitar maior número de transplantes no nordeste", detalha Luís Fernando Bouzas, diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do INCA e coordenador da Rede BrasilCord.

Para Luiz Antonio Santini, diretor-geral do INCA, entidade responsável pelo gerenciamento da Rede BrasilCord, o material dos bancos é importante não só para transplantes. "As células-tronco, por terem potencial de armazenamento de longo prazo, podem ser úteis também para futuros estudos e pesquisas", ressalta Santini.

Também para a Fundação do Câncer, a expansão da BrasilCord é um dos principais projetos. "Ampliaremos a possibilidade de se encontrar um doador não-aparentado compatível para transplante de medula óssea", afirma Jorge Alexandre dos Santos Cruz, superintendente da Fundação do Câncer.

Atualmente, a Rede BrasilCord, criada pelo Ministério da Saúde em 2004, conta com os bancos do INCA, no Rio de Janeiro, Hospital Albert Einstein e Hospital Sírio Libanês, Hemocentro da Unicamp e Hemocentro de Ribeirão Preto, em São Paulo, além de unidades em Santa Catarina e Brasília.

A expansão da rede prevê ainda a inauguração de outros bancos no país: no Rio Grande do Sul, no Pará, em Pernambuco e em Minas Gerais. Nos próximos anos, a expectativa é de que a Rede BrasilCord alcance a meta de 65 mil unidades de sangue de cordões umbilicais armazenados - quantidade considerada ideal para a demanda de transplantes no país, somada à colaboração dos doadores voluntários de medula óssea.


Fonte: Portal Médico

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