Aprovado por unanimidade na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, o projeto do senador José Agripino (RN), que torna obrigatória a inclusão da disciplina de geriatria no curso de medicina, está na Comissão de Educação (CE) e deve receber parecer favorável do deputado Rogério Marinho. A proposta insere a disciplina nos currículos escolares das faculdades de medicina públicas e privadas, com carga horária não inferior a 120 horas.
Hoje, de acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), existem no Brasil apenas 542 médicos especializados na área para atender uma demanda de 20 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Seria um geriatra para cada grupo de 30 mil idosos. “Um dos maiores problemas que o país vive é não ter condições de atender, na rede primária de saúde, o número excepcional de crescimento dos idosos e a falta de médicos geriatras”, afirmou José Agripino.
Segundo a Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população com idade de 60 anos ou mais cresceu 47,8%, na última década. Atualmente, os idosos representam 10,5% dos brasileiros – são 20 milhões. De acordo com a SBGG, a falta de geriatras no Brasil não se deve ao desinteresse dos alunos pela área e sim a pouca quantidade de vagas nas residências médicas.
“O rápido crescimento dos idosos é um fato incontestável e o Brasil não está aparelhado de forma digna para acolhê-los. O projeto que apresentei com certeza vai minorar a necessidade crescente desse problema que vivemos”, ressaltou o autor.
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