O processo de descredenciamento dos Pediatras do Rio Grande do Norte é uma situação preocupante. Os médicos têm se reunido com frequência na Associação Médica para discutir o atendimento aos planos de saúde.
Desde o início do ano diversos profissionais da área já se descredenciaram, alegando como justificativa o baixo valor pago pela consulta, que na maioria dos casos giraria entre R$ 35 e R$ 40, enquanto a categoria exige o dobro.
De acordo com o presidente da Sociedade de Pediatria do RN, Nivaldo Noronha Júnior, as negociações não têm avançado e a possibilidade do processo de descredenciamento continuar é real. Segundo ele, há 270 pediatras ligados à Sociedade, dos quais apenas 94 atendem em consultórios. Atualmente, a grande maioria só recebe pacientes da Unimed, cooperativa que viria acatando as solicitações.
Menos de um terço continua aceitando trabalhar para outros planos de saúde e, se não houver avanços nas negociações, o número pode se reduzir ainda mais. A falta de pediatras nos consultórios tem aumentado a procura pelos pronto-socorros infantis e a sobrecarga levou os profissionais que atuam na Promater a lançar uma nota criticando as péssimas condições de trabalho no local.
No texto, eles afirmam que tem se tornado “uma tortura” atender no PS infantil e muitas vezes se veem obrigados a “mendigar” vagas em enfermarias, apartamentos, ou unidades de terapia intensiva. A pediatra Fátima Farias Jácome revela que a demanda chega a ser de 90 atendimentos a cada turno de 12 horas.
Fonte: TRIBUNA DO NORTE
0 comentários:
Postar um comentário