Era madrugada. O Boeing 747-400 da empresa aérea Lufthansa havia decolado às 20h57 do sábado (horário do Recife) de Buenos Aires, capital da Argentina, e seguia para Frankfurt, Alemanha, onde deveria chegar às 12h de ontem (horário do Recife). A bordo, 18 tripulantes e 294 passageiros, sendo 2 bebês. Um dos viajantes era o sul africano Louis Hendrik Odendaal. Homem branco de cabelos claros, 32 anos de idade e muitos carimbos no passaporte, ele não chegou ao destino planejado. Louis passou mal dentro da aeronave. Ele teve ataques semelhantes a crises convulsivas e, segundo informações colhidas pela Polícia Federal, as aeromoças tentaram reanimá-lo. A aeronave, que já estava sobre o oceano Atlântico, mas ainda dentro do espaço aéreo brasileiro, retornou e fez uma parada que não estava prevista na rota. Chegou às 3h46 ao Aeroporto Internacional do Recife / Guararapes. O passageiro estava morto. Louis era, segundo a PF, uma peça no esquema internacional de tráfico dedrogas. Ele transportava 104 cápsulas de cocaína no estômago e no intestino. Uma rompeu. Seu corpo está no Instituto de Medicina Legal, no Recife.
A suspeita de que a morte teve relação com drogas veio antes mesmo da chegada do corpo ao IML. Policiais Federais realizaram um Narcoteste e encontraram 37% de resíduos de cocaína no passaporte e na carteira do sul africano. Concentração alta, indicativa de que ele havia consumido a droga ou estava carregando-a no corpo. No IML, uma a uma, as cápsulas foram retiradas do seu organismo. Havia 1,680 Kg de cocaína. A principal suspeita é de que o passageiro morreu de overdose. O resultado final da perícia será encaminhado à Polícia Federal, responsável pela apuração da relação de Louis com o tráfico de drogas e pela comunicação da morte à embaixada da África do Sul no Brasil.
O sul africano era o que os policiais chamam de mula, denominação usada para fazer referência a pessoas aliciadas por traficantes internacionais para transportar cocaína de um lugar para o outro. Os numerosos carimbos no passaporte de Odendaal - com algumas entradas na Europa e pelo menos uma na China - são, para a PF, indicativo de que o sul africano não era novo no ramo. O Diario entrou em contato com a Embaixada da África do Sul em Buenos Aires e no Brasil e obteve a informação de que, até o final do dia de ontem, a família do passageiro ainda não sabia que ele estava morto. Até o fechamento desta edição, o corpo permanecia no IML do Recife. A liberação do cadáver, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Defesa Social, depende da apresentação de um representante legal de Odendaal, por meio da embaixada sul africana.
O voo da Lufthansa sofreu um atraso de mais de quatro horas. A aeronave só decolou do Recife às 7h57, chegando a Frankfurt às 16h40 (horários do Recife). Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, em casos como esse, a tripulação da aeronave informa, antes do pouso, que há uma urgência médica a bordo. Quando o Boeing chegou a solo recifense, dois médicos ligados à Infraero subiram a bordo, mas o passageiro já estava morto. Segundo a Lufthansa, a aeronave dispõe de desfibrilador, mas, até o fechamento desta edição, não havia confirmação oficial por parte da empresa aérea de o equipamento ter sido utilizado.
De acordo com a Polícia Federal, o aeroporto de Frankfurt é conhecida porta de entrada de cocaína para a Europa, assim como a rota América do Sul - Frankfurt. Na Argentina, o avião, que tem capacidade para 330 passageiros, partiu do aeroporto de Ezeiza. Apesar de o Recife não estar na rota do voo e de o sul africano ter chegado morto, a PF contabiliza o caso como uma de suas apreensões. Neste ano, quatro pessoas de nacionalidades diferentes (Bulgária, Paraguai, Filipinas e Grécia) foram presas em atuações da PF no Aeroporto Internacional do Recife, sob suspeita de envolvimento com tráfico de drogas. Contando com a droga retirada do corpo de Odendaal, 13,980 Kg de cocaína foram apreendidos. Em 2009, a PF prendeu 19 indivíduos por tráfico internacional de entorpecentesno aeroporto. Dez eram estrangeiros. Naquele ano, 69,9 Kg de cocaína foram apreendidos.
2 comentários:
essa foi mais uma operação IML-PE e Policia federal, esqueçeram de citar que os agentes do IML envolvidos foram peças fundamentais na solicitação da pericia federal. e determinação que não se passava de um mal estar resultante de uma morte súbita, esses mesmos agentes envolvidos na apuração, correram o risco de transportar esse corpo e droga sem escoltas ou arma para sua defesa pessoal e das provas que com estes seguiam. mas fica aqui meu abração aos agentes da PF que procederam rápidamente o deslocamento e a pericia.
Oi, infelizmente eu não falo Português. Portanto, o resto em Inglês. Eu sou a ressurreição eparamédico Fuerte no vôo por.
So the rest in english: My name is Hannes, I am a 36 old German volunteer paramedic at the red cross. I was on this flight LH511 back to Frankfurt. Approx. 3h after the strate in Buenes Aires the captain ask for a doctor on the plan. I respond and a 55 year old doctor of inner medicin. The board stuff bring us to a 32 old wite southafrican person (apox 190 cm tall and approx 150 kg).
He was sitting in the middle of a 4person row in "chicken class".
When we arrived he don't respond.
He react like on a epileptic seizure. We tryed to stop the attack by using Diazepam from the airplane "doctor suitcase".
But no response for over 5 minutes. Than stoped breaving and no more bloodpresuce. So I pulled hin into the next board kitchen. And we start CPR.
At this time the doctor and me have no idea what was the problem. Normally you don't stop heartacctivity only by a epileptic attack. On the ECG we see NO atticity only flat line. (We used a Philips Heartstart FR2+ with monitor display).
The reanimation was really very good in the kitchen we have enough space. The doctor did the drug preparation, I did the airway management. And the board stuff did the CPR. (They are really good trained. I am a first Aid trainer too, so I know befor that the cabin crews are always very well trained in CPR).
Before the emergancy landing in Recife a stewardess asked me: "Did you ever a reanimation in landing?" - I answered: "I did several reanimations before - BUT never in landing!" - She: So I will tell you the procedure! ...." There are some thinks you don't learn in a "normal" first aid training. For example, we had to turn the patient crosswise in the plane. Otherwise he will be in the business class, after breaking! ;-)
20 sec. after stoping the plan, the local doctor come in, and we stoped CPR after 40 min. without any heart activity.
So me and the doctor was waiting and wondering what was the problem of the patient till after 1 h the police told us something about cocaine in the passport - than we start thinking what was the problem. And after reading the local news after landing over the internet, we was thinking right. He was a bodypacker!!
So after 3 hours with CSI Recife and filling up the plane. (We had to wast 30.000 kg of kerosene over the see to be able to reche landing weigth of the Jubojet).
So the rest of the flight was very nice. The doctor his son and me, got a 2-class upgrade and we was the last 10 hours of the flight in the upperdeck! ;-)))
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